A decepção da alta performance


A "dor" dos executivos de alta performance ecoa fora das organizações. Nós os acolhemos nos atendimentos de coaching, mentoria ou terapia.

Apesar do discurso de valorização das pessoas, esses profissionais - pérolas em um mercado carente de qualificação técnica de liderança e comportamental, ficam no limbo, ignorados em suas necessidades de autorrealização. Com isso, todos perdem.

As boas intenções e falsos discursos "engajadores" de nada servem quando o que, de fato, importa é o impacto causado no outro por meio dos comportamentos observados. Há muito espaço ainda para os processos de desenvolvimento de líderes, em todos os níveis.

Acompanho vários executivos, gestores diferenciados, em processos de coaching e mentoria. Alguns relatos ficaram mais frequentes a partir da pandemia de 2020.

“Sinto cansaço físico, esgotamento emocional e... desânimo. Meu gestor é omisso e fraco ao definir e acompanhar as metas. Elas são pouco desafiadoras. Quero “morrer” com uma coisa dessa.”

De outra ouvi: “Eu me matei de trabalhar. Ele (seu gestor direto) disse que avancei mais em poucos meses do que muito gerente que ficou anos na área. No entanto, na avaliação do ano fui classificada como "atende" e não como excede. Foi um baque. Não tenho mais vontade de nada, nem de pensar. Queria ter coragem de alugar tudo, viver de renda e mudar para a praia.”.

Executivos de alta performance têm exigência elevada em busca de autorrealização. São movidos por entregar resultados superiores por meio de pessoas. Fazem gestão do negócio e de seus times com competência técnica e comportamental. Investem tempo e recursos pessoais em busca da melhoria contínua. E, sobretudo, querem ser vistos com olhos de ver.

Mas, quem olha para eles?

OK que a automotivação é valorizada e exigida. Mas, quando somos atropelados por mudanças tão bruscas e significativas, pessoas, de todos os níveis da hierarquia organizacional, precisam ser olhadas e acolhidas. Querem se sentir reconhecidas pela empresa.

Principalmente executivos que contratam processos de autodesenvolvimento, avançam significativamente mais rápido em suas carreiras e ampliam a competência de liderar pessoas. Com isso, a clareza da gestão pouco eficaz de seus gestores aumenta a frustração desses profissionais.

Uma coachee me disse que: “Eu tenho a impressão de que se olha muito para a base da pirâmide. O topo e o meio ficam largados. Gerente também é gente. Temos que cuidar de quem está abaixo e nos preocupar com resultados para deixar o topo feliz. E ninguém olha se estamos bem, não têm tanto cuidado comigo como me pedem para ter com as pessoas do meu time.”.

Fica aqui um alerta: como não perder para um mercado carente de bons profissionais seus melhores talentos?

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